terça-feira, 29 de junho de 2010

Espetáculo Daqui Prali em Rio Branco, no Acre

Daqui Prali é apresentado em Rio Branco/AC

Confira algumas fotos da apresentação do espetáculo Daqui Prali realizada no último sábado, nas ruas de Rio Branco, no Acre.


Daqui Prali na imprensa do Acre

AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DO ACRE


Link: http://www.agencia.ac.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=7125&Itemid=1334

JORNAL A TRIBUNA

terça-feira, 22 de junho de 2010

Primeira apresentação do espetáculo Daqui Prali

Confira um trecho da apresentação realizada no dia 21 de junho, no Recife.

Daqui Prali na imprensa pernambucana

DIARIO DE PERNAMBUCO


Trejeitos de andarilho e caboclo de lança
Viviane Madu apresenta espetáculo de dança Daqui prali, com técnicas de dança popular e contemporânea

Luiza Maia // especial para o Diario

Amadurecida técnica e conceitualmente, Viviane Madureira volta ao Recife para o lançamento do espetáculo solo de dança Daqui prali, da Companhia Duas de Criação. A artista pernambucana - que agora assina Viviane Madu, abrindo mão do sobrenome da família, agrega à dança popular e contemporânea experiências mais recentes com técnicas japonesas, performance e teatro, no grupo paulistano Os Fofos Encenam.


Artista pretende surpreender as pessoas, fazer com que elas saiam de seu cotidiano Foto: João Milet Meirelles/Divulgação
Daqui prali começou a surgir a partir da crença de que não há fronteiras entre o popular e o contemporâneo. "São trajetórias que se entremeiam. Pensando nas trajetórias e cruzamentos, quis trilhar um caminho, que se materializa agora", explica a bailarina sobre o espetáculo, que se inspira nos caboclos de lança do maracatu rural e nos andarilhos, que, na percepção dela, se assemelham aos artistas porque estão sempre a descobrir e desbravar a vida, ao mesmo tempo se aproximando e se distanciando.

Três corpos - do brincante, do andarilho e da própria artista - se misturam na performance, que joga com o encurtamento das distâncias. Ela carrega consigo elementos rurais e urbanos, que se fazem presentes em sua expressão e coreografias. "Os movimentos são suaves, mas embebidos de uma força interna muito grande", define Madu, que se apropriou das técnicas japonesas seitai-ho e do-ho de aumento da sensibilidade e percepção do corpo ensinados por Toshiyuki Tanaka e Cecília Ohno. O Mestre Nico, do Maracatu Cruzeiro do Forte (PE), também participou da pesquisa.

A proposta é não ver separação entre o popular e o contemporâneo, entre um lugar e outro. "Minha intenção é realmente surpreender as pessoas, fazendo com que elas saiam de seu cotidiano para apreciar a arte, que é do povo e deve estar junto dele", explica Viviane sobre o espetáculo que será apresentado em ruas movimentadas da cidade, em horários de intensa circulação de pessoas, às 12h e 17h.

Foram quatro meses de ensaio até chegar no resultado a ser apresentado este mês, que ela defende não ser o final. "Acoreografia não é fechada e está sensível a intervenções. Nossos ensaios foram feitos ao ar livre, a maioria deles na rua, no meio do povo", lembra. Daqui prali foi contemplado pelo Funcultura e Prêmio Funarte de Dança Klauss Viana no ano passado.

O processo de montagem começou em novembro, sob influência das pesquisas que desenvolve para a monografia de conclusão do curso de Comunicação das Artes do Corpo da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), da qual o espetáculo é um dos capítulos. A pesquisa em dança foi o motivo de sua saída de Pernambuco, mas a ligação com a terra natal é muito forte, pessoal e profissionalmente, motivo que trouxe a estreia Daqui prali para o Recife. "É a minha cidade, meu berço. Não ficarei para sempre aqui, porque preciso desse diálogo", confessa.

Serviço

Daqui prali, com Viviane Madu
Dia 21/06, às 17h na Avenida Conde da Boa Vista (altura da Rua Gervásio Pires)
Dia 22/06, às 12h na Avenida Dantas Barreto (altura do Pátio do Carmo), e às 17h, na Rua da Imperatriz (altura da Rua da Aurora)
Dia 23/06, às 12h, na Rua das Calçadas (altura da Igreja de São Félix)
Haverá outras apresentações no mês de julho

Link: http://www.diariodepernambuco.com.br/2010/06/21/viver5_0.asp

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JORNAL DO COMMERCIO


Link (apenas para assinantes): http://jc2.uol.com.br/digital/20100621/index1024.php

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FOLHA DE PERNAMBUCO

Dança contemporânea nas ruas

Hugo Viana

Apresentar o espetáculo “Daqui prali” envolve certa dificuldade para catalogar sua narrativa: não é exclusivamente dança, também não é apenas performance e tem ainda um pouquinho da estética teatral. “Nosso interesse era justamente borrar fronteiras entre essas linguagens”, esclarece Viviane Madu, bailarina responsável pela concepção e execução do projeto. “É um espetáculo que tem elementos de construção de cada uma dessas expressões”, explica. O trabalho de Viviane poderá ser visto em diferentes espaços urbanos do Recife: Avenida Conde da Boa Vista (hoje, às 17h), Avenida Dantas Barreto (amanhã, ao meio-dia), Rua da Imperatriz (amanhã, às 17h) e Rua das Calçadas (quarta-feira, ao meio-dia). Depois, o evento está programado para passar por Acre, Rondônia, Amazonas e Maranhão. Todas as apresentações são gratuitas.

A narrativa conta a história de dois personagens, um andarilho e um caboclo de lança (os dois interpretados por Viviane), arquétipos que questionam seus ideais de vida durante uma jornada pela cidade. “Vou carregar todo o material que preciso para construir a cenografia num caixote. Quando sentir necessidade de usar determinado objeto, tiro da caixa e improviso”, comenta a bailarina. “Essa longa caminhada reflete a poeticidade que essas duas figuras solitárias possuem: é uma mistura de questões existenciais com a realidade dos brincantes, no sentido de utilizar recursos típicos das manifestações populares”, conceitua Viviane.

Para organizar essa história carregada de símbolos, Viviane utilizou habilidades performáticas japonesas, como o sei-tai-ho. “Para isso, tive orientação da performer paulista Cecília Ohno. Essa é uma técnica japonesa é bem delicada... Como poderia explicar? É mais ou menos algo que propõe abrir a percepção das pessoas e trabalhar o corpo com mais sensibilidade. É também uma técnica que tem forte ligação com a natureza”, ressalta Viviane.

O conceito da peça/performance é fornecer ao público do Recife a oportunidade de fruir algo que normalmente está associado ao eruditismo e a teatros fechados: a dança contemporânea. “Nossa proposta é invadir as ruas no cotidiano das pessoas e levar a elas a dança contemporânea, estilo que muitas vezes é visto como algo que só acontece nos teatros, nos palcos de piso de linóleo”, adianta Viviane. “Queremos quebrar um pouco essa hierarquia e trazer a dança contemporânea para o chão de asfalto, para o povo, para os centros urbanos. Em cada lugar o público vai ter uma experiência diferente: numa peça de rua, temos que lidar com imprevistos”, explica a bailarina.

Link: http://www.folhape.com.br/index.php/caderno-programa/575623-danca-contemporanea-nas-ruas

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Novidades das integrantes


A bailarina e atriz Viviane Madureira, uma das fundadoras da Companhia Duas de Criação, adotou Viviane Madu como seu nome artístico. Tal mudança indica nova fase da artista, que trilhou caminho pela dança e, mais recentemente, pelo teatro e pela performance. DAQUI PRALI, seu mais novo trabalho de atuação e concepção na Companhia, marca a mudança de identidade artística.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Viviane Madu junta-se a andarilhos e caboclos de lança em Daqui Prali


Novo espetáculo da companhia Duas de Criação será apresentado
nas ruas e avenidas de cinco cidades do país


Recife, 8 de junho de 2010 – O caminhar do caboclo de lança do maracatu e do andarilho inspirou o mais novo espetáculo da Companhia Duas de Criação. Daqui Prali, solo de dança contemporânea concebido e executado por Viviane Madu, bailarina e atriz pernambucana, radicada em São Paulo, ganhará as ruas e avenidas de cinco cidades do país em junho e julho. Duplamente contemplado pelo Funcutlura 2009 e pelo Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna, Daqui Prali será apresentado gratuitamente em São Luís, Porto Velho, Rio Branco, Manaus e Recife, onde a turnê estreia na Avenida Conde Boa Vista, esquina com a Rua Gervásio Pires, um dos principais corredores da capital, às 17h da segunda-feira, dia 21.

Bailarina desde a infância, graças à ligação da família com o Balé Popular do Recife, Viviane Madu busca transitar entre as danças popular e contemporânea em Daqui Prali. Assim, o caboclo de lança, emblema do maracatu rural pernambucano, ganha o passo do andarilho, do transeunte, do pedestre. “Investigar estas fronteiras entre diferentes linguagens, espaços e expressões cênicas, têm sido o objeto de minhas pesquisas desde que migrei do Recife para São Paulo, em 2005, para estudar Comunicação das Artes do Corpo, na PUC/SP”, acrescenta a artista.

Daqui Prali reúne um time de renomados profissionais. A orientação da performance é da paulistana Cecília Ohno, que trabalha com as técnicas japonesas seita-ho e do-ho, além de ser performer e poetisa. A trilha é de Felipe Julian e Sandra Ximenez, a criação de design gráfico e dos elementos cenográficos é de Vânia Medeiros e a consultoria do figurino de Antônio Apolinário. Mestre Nico, do maracatu Cruzeiro do Forte-PE e Toshiyuki Tanaka da Casa do Vento-SP fizeram a preparação corporal. Mestre Nico, a partir do maracatu rural, e Toshiyuki Tanaka, a partir das técnicas seitai-ho e do-ho. Luciana Lyra é responsável pela produção geral e Karla Martins pela produção executiva. Depois de quatro apresentações no Recife, de 21 a 23 de junho, Daqui Prali segue para Rio Branco (dia 26), Porto Velho (dia 30), Manaus (dia 2), São Luís (dia 5), retornando à capital pernambucana para finalização da temporada, de 7 a 10 de julho.

Ciranda da bailarina Viviane Madu integrou o Balé Popular do Recife por sete anos – tempo em que atuou ainda como bailarina solista e coreógrafa da companhia. A convite do dramaturgo Ariano Suassuna e da coreógrafa Maria Paula Costa Rêgo deixou o Balé Popular para fazer parte do Grupo Grial de Dança, seu primeiro contato com a mistura da dança contemporânea com as manifestações populares do Nordeste. Foi intérprete criadora e assistente de coreografia. Sete anos depois, em meados de 2006, já tendo Luciana Lyra como parceira, Viviane gerou Calunga, espetáculo de dança que investigava a movimentação contemporânea a partir da temática da boneca da Dama-do-Passo, do Maracatu de Baque Virado.

Durante apresentação no Festival Janeiro de Grandes Espetáculos, em 2007, Calunga recebeu os prêmios de melhor figurino, cenário e bailarina. Com Lyra fundou a Duas de Criação e montou os espetáculos: Joana In Cárcere (Unicamp e USP/2005), Calunga (Funcultura-PE/2006), Conto (Fomento às Artes Cênicas-PE/ 2007), Guerreiras (Funcultura-PE/2008; Prêmios Funarte Myriam Muniz e Artes Cênicas na Rua/2009).

SERVIÇO DA TEMPORADA

RECIFE – PERNAMBUCO
Dia 21/06, às 17h na Avenida Conde da Boa Vista (altura da Rua Gervásio Pires)
Dia 22/06, às 12h na Avenida Dantas Barreto ( altura do Pátio do Carmo).
às 17h, na Rua da Imperatriz ( altura da Rua da Aurora).
Dia 23/06, às 12h, na Rua das Calçadas (altura da Igreja de São Félix)

RIO BRANCO – ACRE Dia 26/06, às 12h, na Avenida Getúlio Vargas (altura do Palácio Rio Branco)
Dia 29/06, às 12h, na Rua Nossa Senhora da Conceição (altura da Fundação de Cultura)

PORTO VELHO – RONDÔNIA Dia 30/06, às 12h, na Avenida 7 de Setembro (esquina com a Rua José Bonifácio).
às 17h, na Avenida Amazonas (esquina com Av. Brasília)

MANAUS –AMAZONAS Dia 2/07, às 12h, na Avenida. Eduardo Ribeiro (esquina com a Rua Henrique Martins).
às 17h, na Avenida 7 de Setembro com Avenida Getúlio Vargas

SÃO LUÍS – MARANHÃO Dia 05/07, às 12h, na Rua Grande (esquina com a Rua das Flores).
às 17h, na Rua do Sol (com a Rua São João)

RECIFE - PERNAMBUCO Dia 7/07, às 12h, na Avenida Conde da Boa Vista (altura da Rua Gervásio Pires).
às 17h, na Rua da Imperatriz (altura da Rua da Aurora).
Dia 8/07, às 12h, na Avenida Dantas Barreto (altura do Pátio do Carmo).
às 17h, na Rua das Calçadas (altura da Igreja de São Félix).
Dia 9/07, às12h, na Avenida Conde da Boa Vista (altura da Rua Gervásio Pires).
às 17h, na Rua da Imperatriz (altura da Rua da Aurora)
Dia 10/07, às 10h, na Avenida Dantas Barreto (altura do Pátio do Carmo).
às 12h, na Rua das calçadas (altura da Igreja de São Félix).

Jornalista responsável: Raquel Lima (81) 9740-9208

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Artistas parceiros



A "Companhia Duas de Criação", desde 2005, vem travando diálogos com artistas e técnicos parceiros, que vêm a fomentar o pensamento e as ações artísticas deste coletivo, somando experiências nos processos de construção de seus trabalhos.

São eles: Vânia Medeiros, Karla Martins, Antônio Apolinário, Alessandra Leão, Sônia Guimarães, Anselmo Madureira, Gustavo Silvestre Eron Vilar, Luciana Raposo, Cris Rocha, Katia Daher, Simone Evaristo, Zé Valdir, João Maria, Felipe Ferreira, Ciça Ohno, Mestre Nico, João Millet Meireles, Grupo Axial e Coletivo Joanas Incendeiam.

Guerreiras - Texto teatral e trilha sonora original



Mais uma vez subsidiada pelo FUNCULTURA-PE, a "Companhia Duas de Criação", lançará o LIVRO/CD, com a dramaturgia de GUERREIRAS, escrita por Luciana Lyra, além da trilha sonora do espetáculo, criada originalmente pela musicista pernambucana Alessandra Leão.

A publicação conta ainda com apresentação do premiado dramaturgo Newton Moreno e prefácio do também dramaturgo e escritor Luís Felipe Botelho, além do design gráfico da artista plástica Vânia Medeiros. O lançamento está previsto para novembro de 2010.

Guerreiras - Livro infanto-juvenil


Em 2010, contemplada pela Bolsa de Criação Literária da Funarte, Luciana Lyra, integrante e fundadora da "Companhia Duas de Criação" publicará sua primeira fábula infanto-juvenil "De como meninas guerreiras contaram heroínas".

Dividida em um prólogo, treze jornadas e um epílogo, o livro tem como protagonista um grupo de cinco meninas, formado por Joana, Canu, Tânia, Linda e Nanã, as quais se descobrem guerreiras ao escavarem seus antepassados históricos no estado de Pernambuco para construção de uma peça de teatro em sua escola, no Recife.

Numa linguagem épica e simbólica, o texto tem a intenção de mostrar para o público adolescente, as mulheres aguerridas que lutaram contra os holandeses no século XVII no interior do Estado, bem como fazer menção a deusas e heroínas de outros lugares e tempos, mostrando que, contemporaneamente, guerreiras e heroínas desvelam-se nas variadas meninas/mulheres do século XXI.

A fábula com publicação prevista para novembro deste ano, conta com apresentação da Profa.Adyla Rabello, da Academia Paraibana de Letras e prefácio da Profa. Dra. Luzilá Gonçalves, da Universidade Federal de Pernambuco, além das belas ilustrações da artistas plástica baiana Vânia Medeiros.

Duas de Criação - Viviane Madureira


Bailarina, atriz, performer, coreógrafa, preparadora corporal e professora de dança. Cursa a graduação em Comunicação das Artes do Corpo, da PUC-SP, habilitação em Performance e trabalha profissionalmente há 10 anos. Foi integrante do Balé Popular do Recife, de 1991 a 1998, do Grupo Vias da Dança/PE, em 1998 e do Grupo Grial de Dança Contemporânea-PE, de 1999 a 2005, passando a fazer parte da Companhia Os Fofos Encenam neste mesmo ano, como coreógrafa e preparadora corporal do espetáculo "Assombrações do Recife Velho", de Newton Moreno. Integra também a Companhia Duas de Criação, em parceria com a atriz, performer e diretora Luciana Lyra.

EXPERIÊNCIAS PROFISSIONAIS

BAILARINA

-Daqui Prali, de Viviane Madureira (2010)
-A Sagração, coreografia Maria Paula Costa Rego (2008)
-Calunga, direção Luciana Lyra (2006)
-Qualquer coisa de amor, direção Márcia Lusalva (2005)
-Pasto Iluminado, direção Maria Paula Costa Rego (2003)
-Folheto V- Hemisfério Sol, direção Maria Paula Costa Rego (2002)
-Uma mulher vestida de Sol, direção Maria Paula Costa Rego (2001)
-As Visagens de Quaderna ao Sol do Reino Enconberto, dir. Mª Paula C. Rego (2000)
- Auto do Estudante que se vendeu ao diabo, Direção Mª. Paula C Rego (1999)

ATRIZ

- Memória da Cana, direção Newton Moreno (2009-2010)
- Guerreiras, direção Luciana Lyra (2009-2010)
- Conto, direção Luciana Lyra (2007)
- Quem tem, tem medo, direção Júnior Sampaio (2004)

COREÓGRAFA/PREPARADORA CORPORAL

- Pentatêunco, direção Newton Moreno (Em andamento, 2010)
- Homens e Caranguejos, direção Luciana Lyra (Em andamento,2010)
- Daqui Prali, concepção Viviane Madureira (Em andamento, 2010)
- Memória da Cana, direção Newton Moreno (2009-2010)
- Guerreiras, direção Luciana Lyra (2009-2010)
- Calunga, direção Luciana Lyra
- Assombrações do Recife Velho, direção Newton Moreno
- Joana In Cárcere, direção Luciana Lyra

Duas de criação - Luciana Lyra


Atriz, performer, diretora, dramaturga e professora de teatro. É graduada em Artes Cênicas pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), especialista em Ensino da História das Artes e das Religiões pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), mestre em Artes pela UNICAMP-SP e trabalha profissionalmente há 17 anos. Atou como professora da graduação em Educação Artística e Web Design da Universidade Guarulhos(UNG) e da pós-graduação lato sensu da Faculdade Paulista de Arte(FPA), além de ter sido professora efetiva de arte do Estado de São Paulo.

Desde 2004, toma parte do Napedra (Núcleo de pesquisa em performance e drama social) da USP, projeto temático, subsidiado pela FAPESP. Atualmente, desenvolve pesquisa no interior de Pernambuco (Tejucupapo-Goiana) para o curso de doutorado em Artes na UNICAMP-SP, sob a orientação do Prof. Dr. John Dawsey (FFLCH/USP), além de ser integrante da companhia paulista de teatro Os fofos Encenam. É fundadora da companhia Duas de Criação, em parceira com a atriz e bailarina Viviane Madureira.

EXPERIÊNCIAS PROFISSIONAIS

ATRIZ

- Memória da Cana, de Nelson Rodrigues, Direção Newton Moreno (Os fofos encenam-SP)
- Guerreiras, de Luciana Lyra, Direção Luciana Lyra (Duas de Criação)
- Conto, de Luciana Lyra, Direção Luciana Lyra (Duas de Criação)
- Calunga, de Luciana Lyra, Direção Luciana Lyra (Duas de Criação)
- Assombrações do Recife Velho, de Gilberto Freyre. Adap. e Dir. Newton Moreno (Os fofos encenam-SP)
- Joana In Cárcere, texto e direção Luciana Lyra (Duas de Criação)
- Paixão de Cristo de Nova Jerusalém, de Plínio Pacheco e Direção de Carlos Reis
- Inês!, de Gil Vicente e Direção de Jorge Clésio / Direção de Atores de Roberto Lúcio
- Um sábado em Trinta, de Luís Marinho, direção de Reinaldo de Oliveira (TAP-PE)
- Bob e Bobette, de Valdemar de Oliveira e Fernando de Oliveira (TAP-PE)
- Sábado, domingo e segunda, de Eduardo de Filipo (TAP-PE)
- Diário de Anne Frank, Francis Godbrich (TAP-PE)


DIRETORA

- Homens e Caranguejos, de Josué de Castro (Duas de Criação e Joanas Incendeiam-SP)
- Guerreiras, de Luciana Lyra (Duas de Criação)
- Conto, de Luciana Lyra (Duas de Criação)
- A Farsa da Boa Preguiça, de Ariano Suassuna (FPA/SP)
- O Casamento Suspeitoso, de Ariano Suassuna (FPA/SP)
- Calunga, de Luciana Lyra (Duas de Criação)
- O Pequenino grão de areia, de João Falcão (Companhia do Teatro Rasgado)
- Conversação Tardieu, de Jean Tardieu (Sesc/PE)
- Aquele que diz sim, aquele que diz não, de Bertolt Brecht (Sesc/PE)
- Noite de Reis, de William Shakespeare (Sesc/PE)
- Interior, de Maurice Maeterlinck (Sesc/PE)

ASSITENTE DE DIREÇÃO

- Fronteiras, de Newton Moreno. Encenação: Newton Moreno (2007-SESI/SP)
- Ferro em Brasa, de Antonio Sampaio. Encenação: Fernando Neves (2006- Os fofos Encenam)


DRAMATURGA

- Homens e Caranguejos (Inspiração do livro homônimo de Josué de Castro, em andamento)
- Guerreiras (2009) – Publicação prevista para novembro de 2010
- Calunga (2006)
- Annexo Secreto (2003)
- Ave Maria Gool (Adaptação do texto de Reynaldo de Oliveira, 2001)
- Vôo Livre (Adaptação do texto de Vanda Phaelante, 1999)
- A droga da Obediência (Adaptação da fabula de Pedro Bandeira, 1998)

Espetáculo Daqui Prali


A mais nova investida cênica da "Companhia Duas de Criação" é a performance DAQUI PRALI, que tem como impulso criativo o diálogo entre a movimentação do corpo do andarilho e a movimentação do Caboclo de Lança, figura da manifestação popular do Maracatu rural.

O espetáculo tem intenção de aproximar a arte do povo, das ruas e fazer desse espaço um lugar de questionamentos sobre a dança, seu papel na sociedade e as relações de hierarquia construídas em torno dela.

DAQUI PRALI, contemplado com o Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna e Funcultura-PE, em 2009, estreiará no dia 21 de junho de 2010 nas ruas e avenidas de Recife, seguindo com um circuito pelas cidades de Rio Branco, Porto Velho, Manaus e São Luís do Maranhão.

Além de Viviane Madureira na concepção e atuação, DAQUI PRALI conta com Luciana Lyra na produção geral e coordenação, com Ciça Ohno na orientação cênica, Vânia Medeiros no design gráfico e criação de elementos cenográficos, grupo axial na trilha sonora, Antônio Apolinário na orientação de indumentária, Mestre Nico na preparação corporal (Maracatu Rural), além de Karla Martins na produção executiva e Carla Carvalho na administração financeira. Fotos de João Millet Meireles e assessoria de imprensa de Raquel Lima.

Espetáculo Guerreiras




Ainda no ano de 2007, Luciana Lyra partiu para o aprofundamento da máscara ritual da guerreira Joana, ouvindo os ecos de um imaginário comum em Tejucupapo-PE, onde antes dela e bem perto dela, trincheiras tinham sido escavadas na proteção da identidade, do espaço e da história de outras e várias mulheres.

Foi no período de ocupação do Nordeste do Brasil, em particular, de Pernambuco, pelos holandeses, entre 1630 e 1654, que ocorreu o episódio conhecido como a Batalha de Tejucupapo, no qual houve o primeiro combate com participação feminina, registrado no Brasil. Foi também no mesmo distrito de Tejucupapo, localizado na cidade de Goiana, que D. Luzia Maria da Silva, funcionária pública, lotada no posto de saúde do lugarejo, passou a restaurar a peleja histórica das suas conterrâneas ancestrais, por meio do teatro.

O espetáculo A Batalha das Heroínas, por ela dirigido desde 1993, tem como atuantes as próprias mulheres de Tejucupapo, “atrizes” recrutadas entre donas-de-casa, servidoras públicas e pescadeiras – como são chamadas aquelas que vivem da maré, catando mariscos e ostras para a venda na sede do distrito. No teatro, as mulheres trazem à tona as suas próprias vidas.

Esta encenação da batalha e suas atuantes, que já serviram como mote para documentário, livros, composições musicais e alguns registros em revistas, jornais e cordéis, veio a ser tema inédito de pesquisa de Doutorado em Artes pelas mãos da Luciana Lyra, que em conjunto com a defesa de tese sobre a máscara-mito da guerreira, montou um espetáculo baseado na vivência com as mulheres de Tejucupapo e intitulado GUERREIRAS. Este espetáculo, que se configura como a quarta montagem da Companhia Duas de Criação, cumpriu curta temporada em Recife e Tejucupapo no mês de abril de 2009, também subsidiada pelo FUNCULTURA de Pernambuco. Foram oito apresentações, sendo cinco na capital e três no distrito tejucupapense, todas em espaços públicos, gratuitamente e ao ar livre.

Em 2010, cumpriu nova temporada na capital pernambucana, uma circulação realizada em espaços marcados por batalhas históricas em Pernambuco, uma marcha, a qual denominamos: circuito de guerra. Os espaços públicos de apresentação foram: o Sítio da Trindade, o Forte das Cinco Pontas e o Forte do Brum. Os mesmos terrenos, onde se ergueu a peleja cênica de GUERREIRAS, foram focos de resistência, hoje centros públicos de memória histórica do Estado. Para esta última temporada, a "Companhia Duas de Criação" contou com subsídio dos Prêmios Funarte de Teatro Myriam Muniz e Funarte Artes Cênicas na Rua, de 2009.

GUERREIRAS tem encenação e dramaturgia de Luciana Lyra, direção de movimento de Viviane Madureira, cenografia de Vânia Medeiros, Anselmo Madureira e Duas de Criação, figurinos de Antônio Apolinário e Duas de Criação, design de luz de Luciana Raposo, cenotécnica de Zé Valdir, direção musical e trilha sonora original de Alessandra Leão, sonoplastia de Felipe Ferreira, produção executiva de Karla Martins e administração financeira de Carla Carvalho. No elenco as atrizes-pesquisadoras: Cris Rocha, Katia Daher,Luciana Lyra, Simone Evaristo e Viviane Madureira. Fotos de Shima, João Maria e Val Lima. Assessoria de Imprensa de Raquel Lima.

Espetáculo Conto


O ano de 2007, trouxe à cena "Conto", que com subsídio do Fomento às Artes Cênicas da Prefeitura do Município do Recife, desvelou a história tradicional dos irmãos "João e Maria", sob a perspectiva do mito e do movimento corporal.

Com músicas de Antônio Madureira, indumentária de Gustavo Silvestre, cenografia de Anselmo Madureira e Duas de Criação, design de luz e fotografias de João Maria, produção executiva de Karla Martins e técnica de Felipe Ferreira, "Conto" tem na atuação e direção, Luciana Lyra e Viviane Madureira.

O trabalho teve temporada em julho, no Teatro Hermilo Borba Filho, na capital pernambucana.

Espetáculo Calunga


Em 2006, com subsídio do FUNCULTURA-PE, o espetáculo-solo "Calunga" entrou em processo de criação, tendo estréia em novembro do mesmo ano. "Calunga", teve concepção e atuação de Viviane Madureira e direção de Luciana Lyra.

"Calunga" tem como base o mito da boneca carregada pela dama do Paço do Maracatu de corte ou de baque virado pernambucano, numa interface com a dança contemporânea, desvelando memórias da própria atuante.

Outros artistas firmaram parceria neste projeto, como Sônia Guimarães (direção musical e trilha sonora), Gustavo Silvestre (indumentária), Anselmo Madureira (cenografia) e Eron Vilar (design de luz), além de Felipe Ferreira em toda técnica. A produção executiva é de Karla Martins.

"Calunga" foi premiado no Festival Janeiro de Grandes Esperátulos, em Recife, no ano de 2007, nas categorias de Melhor Bailarina (Viviane Madureira), Melhor Cenário (Anselmo Madureira) e Melhor figurino (Gustavo Silvestre).

"Calunga" fez temporada no espaço Poço das Artes (2006), Torre Malakoff (2007), além de apresentações no Festival Primavera Dança do Teatro Fábrica-SP (2007) e Festival Devotos de Corpo e Alma, do SESC SANTANA-SP, em 2008.

Gênese da Cia - Joana in Cárcere


Em 2005, a atriz e diretora Luciana Lyra, apresentou a performance "Joana In Cárcere", como parte de sua defesa de Mestrado na UNICAMP-SP. Nesta fase, Luciana Lyra contou com a parceria da bailarina e atriz Viviane Madureira, então preparadora corporal do trabalho.

O diálogo firmado entre as duas, tornou-se a gênese da "Companhia Duas de Criação".

Importante lembrar que "Joana In Cárcere", com inspiração na Santa Joana d'Arc, intersecciona o mito com a figura do capitão do Cavalo Marinho, manifestação popular nordestina, gerando uma Joana, que longe da francesa, desvela-se intimamente pernambucana.